midiaria.com midiaria.com

Mais informações

SP 55 11 2729-8617

contato@midiaria.com

R. Dr. Cândido Espinheira, 560 - Sala 92
Perdizes, São Paulo - SP, 05001-100

shape shape

Web Summit Rio 2023 maio 3, 2023

ChatGPT vai substituir o jornalismo? 10 reflexões sobre o tema

Lucas Lima

Escrito por Lucas Lima

Tempo de leitura 3 min

ChatGPT vai substituir o jornalismo? 10 reflexões sobre o tema

Esse foi um daqueles debates que todo mundo está curioso para saber a resposta. Qual será nosso futuro com o ChatGPT, principalmente no jornalismo. A discussão envolveu nomes de peso como Laura Bonilla, editora chefe da AFP para a América Latina, Greg Williams, diretor editorial global da Wired, Paula Mageste, CEO das Edições Globo Condé Nast, e Steve Clemons, Editor e fundador da Semafor no palco principal do Web Summit Rio.

Uma primeira pergunta lançada à plateia foi: quem vê o ChatGPT como amigo ou inimigo? Vários olhares demonstravam dúvidas no rosto das pessoas. É uma incógnita e ao mesmo tempo a pergunta de milhão.

A discussão foi ampla e resolvi colocar algumas das 10 principais reflexões acerca do tema.

Fotos: Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio

ChatGPT e jornalismo

  1. Se perguntarmos ao ChatGPT “você vai acabar com o jornalismo?”, teremos uma resposta muito próxima a “como modelo de inteligência artificial não tenho como acabar com nada. O jornalismo é uma ferramenta importante para a sociedade, e cabe a seus profissionais fazer um trabalho de alta qualidade a população”.
  2. Os painelistas do debate entendem que o ChatGPT contribuirá bastante na automação de alguns trabalhos e que poderão ser delegadas à inteligência artificial. Porém, importante ressaltar que para o jornalista a precisão da informação é muito importante e o lado humano/profissional deverá checar se está tudo correto antes de ser replicado à sociedade.
  3. Nossos legisladores ainda não são especialistas nesse tema e leis precisarão ser criadas para regular esse universo de IA para que o compromisso com a ética e a verdade sejam colocados em prática para nos proteger como sociedade.
  4. O jornalista precisará ser cada vez mais especializado e não parar de estudar, isso significa que o aprendizado contínuo é de extrema importância e o que garantirá que a máquina não nos substitua.
  5. A Inteligência Artificial não entrega dois ingredientes importantes dos humanos – uma opinião (ponto de vista) e a subjetividade, e isso faz toda a diferença no papel do comunicador.
  6. Outro ponto que a máquina não fará por nós é a abordagem das fontes para direcionar as perguntas corretas e construir uma boa entrevista.
  7. A máquina falha como nós, seres humanos, e nesse ponto estamos bem equiparados.
  8. A IA pode tornar a visão das pessoas mais estreita e o jornalismo e seus profissionais estão aí para ampliar a discussão de temas que são relevantes à sociedade.
  9. Se as pessoas utilizarem o ChatGPT para produzirem conteúdo e isso acarretar plágio, como tudo isso será fiscalizado? Ainda é uma incógnita a respeito.
  10. Os jornalistas precisam brigar sempre por aquilo que o verdadeiro jornalismo significa para a sociedade: informação de credibilidade e apurada.

Uma coisa é certa, a presença do humano junto às máquinas é de extrema importância para trazer a análise crítica e a qualidade daquilo que será produzido. Se o jornalismo vai acabar com a Inteligência Artificial? Para o momento a pergunta precisa ser diferente: como o jornalista e a AI construirão grandes projetos em parceria?

Fotos: Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio