Rio Innovation Week agosto 13, 2024
Rio Innovation Week: Martha Gabriel e Fábio Seidl trazem luz sobre inovação
Temos a tendência de pensar em inovação e tecnologia juntas. Mas bastou circular pelos armazéns do Rio Innovation Week 2024, no Rio de Janeiro, para entender que o conceito de inovação também vai bem com outras duas palavras: problema e imaginação.
Em sua palestra logo pela manhã para um auditório cheio, Martha Gabriel falou sobre a dupla inovação e problema. “Se você entender quais são os problemas do seu público, você saberá onde deve atuar”, disse ela, considerada um ícone multidisciplinar em negócios, tendências e inovação. Na concepção de Martha, “inovação é o lançamento de produtos e serviços que sejam capazes de agregar valor de forma ampla e, especialmente, perceptível para o público”.
E o que é agregar valor? É quando o produto ou serviço promove aumento de prazer, diminuição de dor e economia de energia. “Se você conseguir fazer isso, você agregou valor”.
Além de tangibilizar inovação e resolução de problema, Martha Gabriel defendeu que há método para se inovar. “A inovação começa na observação do público. As demais etapas são interação, ideia (estalo), patrocínio, formatação, relevância, aprofundamento”. E a tecnologia? “A tecnologia é uma das facilitadoras das inovações e resoluções de problema”.
Para inovar é preciso imaginar
A fala acelerada, os exemplos reais e as ideias de Martha Gabriel prenderam a atenção de uma plateia que, geralmente, busca por fórmulas prontas. Mas ela convidou a todos a lançar mão da imaginação. “Quando imaginamos, estamos mais próximos de inovar porque nos permitimos mais”, explicou ela, que ainda recomendou boas noites de sono para que as ideias se organizem no cérebro.
Quem também falou de imaginação foi Fábio Seidl, diretor de desenvolvimento criativo global da Meta. Ele trouxe a ideia de que “inteligência é mais do que a aplicação do conhecimento. É sobre usar a imaginação”.
Seidl defendeu que entender a cultura popular será sempre o combustível para a criatividade e a imaginação. “Redes de pessoas são mais inteligentes que redes de computadores”, disse ele.
Na concepção de Fábio Seidl, precisamos focar em uma economia menos competitiva e mais colaborativa. “Não há como acreditar que inovação se faz sozinho. É preciso ter em mente os três Cs da nova economia: curadoria, co-criação e consciência”. E a tecnologia, Fábio? “A tecnologia é apenas uma ferramenta para a inovação”.