Muito temos ouvido sobre inovação, que está interligada ao mundo fascinante da tecnologia contemporânea e a sociedade do conhecimento. O que me fez refletir com mais profundidade sobre o tema foi a leitura do livro O Desafio da inovação – A revolução do conhecimento nas empresas brasileiras, de autoria de Renato Cruz, jornalista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo (veja perfil do autor no Twitter). Por meio da inovação, empresas tornam-se capazes de gerar riqueza contínua, e assim se manterem ou se tornarem competitivas nos seus mercados. Todavia, em grande parte dos casos, as empresas usam os concorrentes como base de referência para as suas próprias iniciativas de inovação.
Uma empresa, para ter sucesso, deve ser competitiva. A competitividade e a inovação estão estritamente ligadas. É de interesse de uma empresa ser inovadora e o ambiente empresarial deixa nos dias de hoje de ser local para ser global. A gestão empresarial deve ter a capacidade de criar vantagens competitivas, não só únicas, mas também de difícil replicação. A inovação, por força da competitividade ou estratégia, é cada vez mais global e convergente, criando um novo mundo de oportunidades, que levam as empresas a serem sustentáveis a longo prazo.
Os investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) podem e devem ser usados para as indústrias desenvolverem melhores produtos, de acordo com preferências dos clientes; para as empresas de serviços melhorarem nos processos, e para de uma forma geral haver melhorias nos processos internos e organizacionais da empresa, que permitam reduções de custos e criação de valor. Aliado a este conceito está também todo o conhecimento tácito existente na empresa, nos colaboradores, e no conhecimento explícito nas suas patentes e marcas.
Até mesmo num momento de crise econômica as empresas não podem parar de inovar e realizar pesquisas. Com isso, sairão fortalecidas desse momento de baixa e terão oportunidades de encarar o mercado em um novo cenário configurado.
Podemos considerar quatro tipos de inovação:
- Inovação do produto;
- Inovação do processo;
- Inovação organizacional;
- Inovação de marketing.
Como exemplo, podemos citar a Petrobras, que entrou no ranking de 2010 das 50 empresas mais inovadores do mundo, sendo a única do setor de óleo e gás. Com investimento anual de cerca de R$ 1,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento (P&D), a Petrobras é referência mundial em tecnologia de extração de petróleo em águas profundas. A descoberta das reservas da camada pré-sal aumentou ainda mais a visibilidade internacional da empresa.
No livro “O desafio da inovação”, vários cases são apresentados para abordagem do tema inovação. Um deles é o da empresa Azul Linhas Aéreas, que por meio de uma campanha de inovação aberta na web convidou seu público alvo a escolher o nome da companhia. O futuro cliente teve a liberdade de votar e os ganhadores foram agraciados com passagens aéreas vitalícias.
A campanha foi lançada em março de 2008 e contou com mais de 108 mil cadastrados e 157.528 votos , e a disputa final ficou entre os nomes Samba e Azul.
Outro case da Azul, sendo esse voltado para as causas sociais, foi lançado em outubro de 2010 quando a empresa, a Embraer e a Federação Brasileira de Instituições de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) se uniram para uma campanha de prevenção ao câncer de mama. O objetivo era aumentar a consciência sobre a importância do diagnóstico precoce para ampliar as chances de cura da doença. O jato Embraer 195 da Azul foi pintado de rosa e operado por uma tripulação totalmente feminina.
Por conta desses e outros cases de sucesso relatados em seu livro, recomendo a todos a leitura da obra de Renato Cruz. Trata-se de um universo de aprendizado e oportunidade de contato com bons exemplos de mercado.
Saiba mais sobre o livro no site da Editora Senac