Assistir a TV e compartilhar a experiência no Twitter passou de um simples hábito para uma oportunidade: de interagir com outras pessoas, no caso do usuário, e de participar da conversa, para as marcas. O tema foi um dos pontos altos do INFOTrends, evento promovido pela Revista INFO que aconteceu nesta sexta-feira, 02, em São Paulo.

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A convite da publicação, cinco especialistas trocaram opiniões sobre a “Segunda tela e audiência. As oportunidades que surgem com as mudanças de comportamento”. O debate foi comandado por Katia Militello, diretora de redação da INFO, que conduziu os participantes a compartilhar as visões mercadológicas e acadêmicas sobre o tema.

Flávio Ferrari, um dos fundadores do Qual Canal – plataforma que analisa a repercussão dos programas de TV no Twitter -, comentou que “a inclusão social possibilitou que as pessoas pudessem ter a experiência da segunda tela”. Hoje é muito comum ver qualquer brasileiro – independentemente de sua classe social – compartilhando sua visão da novela das 21h na rede mundial.

Essa mudança de comportamento também fez com que instituições fortes como o IBOPE, passassem a ver as mídias sociais como uma ferramenta de medição do que está agradando o brasileiro. “Quem diria que seríamos tão felizes com poucos caracteres”, brincou Fábia Juliasz, diretora executiva de novos negócios do Grupo IBOPE. Ela apontou ainda que no modelo de mensuração atual, alcance e engajamento superam o tempo gasto frente à tela.

Martha Gabriel, diretora de tecnologia da New Media Developers, reforçou que o comportamento do usuário que assiste uma tela e interage na outra é o que muitas vezes dita os caminhos da programação da TV. E nesse ponto há muitas possibilidades para o branded content. “Por conta de nossa deficiência de atenção, o entretenimento e o branded content serão cada vez mais importantes do ponto de vista de mercado”.

Vinícius Andrade Pereira, diretor da ESPM Media Lab, atestou: “Querendo ou não já estamos dividindo nossa atenção entre TV e a segunda tela. Cabe ao mercado enxergar as oportunidades que surgirão desses arranjos midiáticos”.

Presidente do Twitter Brasil, Guilherme Ribenboim lançou uma frase que resume o momento atual das mídias sociais nesse contexto: o Twitter é uma ponte e não uma ilha. O usuário pode se comunicar alí e depois ser levado para outro ambiente digital, outro canal”.

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