O tom descontraído do digital evangelist do Google, Avinash Kaushik, não ameniza o “puxão de orelha” nos profissionais de comunicação durante sua palestra no RD Summit 2017: por que ainda não abraçamos o machine learning para marketing?

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“As ferramentas de análise que antes eram caríssimas hoje estão disponíveis de graça. Inclusive, são as mesmas utilizadas por empresas como o Google e a Microsoft. A única razão que vejo para não utilizar tudo isso é preguiça”, provoca.

Para Kaushik, as pessoas ainda não entenderam o verdadeiro valor da Inteligência Artificial para o mundo real, que vai desde a infraestrutura por trás dos buscadores, capazes de encontrar uma foto exata numa rede de terabytes de dados, até sua aplicação na agropecuária. “O uso das máquinas podem diminuir até 90% do uso de pesticidas e o consumo de água”, exemplifica.

Aprendizagem, construção e monetização

Voltando à questão do marketing, Kaushik evidencia o potencial que as ferramentas de análise agregam às estratégias de vendas. “Se sua empresa vende xampu, é possível obter uma série de informações como os hábitos de compra por região, gênero, sazonalidade, entre outros aspectos. Ao computar esses dados com base em machine learning, você é capaz de fazer seus consumidores mais felizes”, explica.

Isso porque esses cruzamentos podem revelar desde pequenos detalhes à grandes tendências relacionadas ao relacionamento com sua marca, que podem servir de base para construir e refinar a experiência do cliente. “Se você é uma empresa com fome de crescer, pode fazer em cinco semanas o que antes demandava cinco anos”, afirma.

Quando essa estratégia se converte em cifras, Kaushik explica que os benefícios podem ir além do faturamento, alcançando também o lucro operacional. “Se sua análise constatar que seu público consome seu conteúdo mais pelo mobile do que por desktops ou laptops, uma medida inteligente seria diminuir o peso do site – o que consequentemente diminuiria seu custo com banda”, explica.

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