Web Summit 2024 novembro 14, 2024
Como capturar atenção na Era Digital: insights sobre mídia, confiança e algoritmos
Com a crescente competição pela atenção dos usuários na internet, o cenário da mídia enfrenta desafios inéditos. Em um painel dinâmico no Web Summit 2024, Lucy Blakiston, Ben Moe e Guilherme Ravache compartilharam suas experiências e estratégias para manter o público engajado, superar algoritmos e oferecer conteúdos relevantes.
O novo paradigma da mídia digital
Lucy Blakiston, da empresa dfe mídia Shit You Should Care About, destacou a necessidade de uma comunicação acessível e empática. “Queremos tornar as notícias compreensíveis e menos depressivas”, explicou. A abordagem da sua empresa, liderada por jovens da Geração Z, traz humor, cores vibrantes e conteúdos que ressoam com diferentes públicos.
Ben Moe, do Frame, complementou: “Criamos artigos multimídia imersivos, transformando blocos de texto em experiências visuais interativas. Isso incentiva as pessoas a se aprofundarem nos conteúdos, apesar da competição pela atenção”.
Confiança e transparência: pilares incontornáveis
Os participantes concordaram que a confiança é essencial na construção de audiências leais. “Nosso público confia em nós porque somos transparentes sobre como trabalhamos”, afirmou Moe. Para Blakiston, a autenticidade também é um diferencial: “Não tento ser objetiva, mas sou honesta sobre minha perspectiva”.
As inovações tecnológicas, como as ferramentas de detours do Frame, foram destacadas como formas de oferecer contexto adicional às histórias, construindo confiança por meio da profundidade informativa.
Superando algoritmos e criando comunidade
A luta contra algoritmos que priorizam conteúdos curtos e sensacionalistas foi outro ponto central. Moe compartilhou que seu objetivo é “subverter o algoritmo, criando conteúdos profundos e atrativos, que incentivem o pensamento crítico”.
Blakiston enfatizou a importância de construir comunidades, em vez de apenas engajar audiências. “Muitas pessoas não pagam apenas pelas notícias, mas pela sensação de pertencimento”, destacou.
Pagando pelo conteúdo que valorizamos
A monetização também foi amplamente debatida. Blakiston propôs a ideia de “normalizar o pagamento por mídia de qualidade”, comparando o hábito a assinaturas de serviços como Netflix. “Precisamos criar o hábito de apoiar jornalistas e empresas que amamos”, afirmou.
Diversidade de formatos e a importância da leitura
Embora o vídeo seja dominante, Moe defendeu o poder da leitura como uma forma única de aprendizado. “Ler ilumina nossos neurônios de maneira diferente. Precisamos valorizar isso em um futuro dominado por conteúdos rápidos”.
Colaboração e o futuro da mídia
A colaboração entre empresas e formatos foi outro tema relevante. “A Shit You Should Care About e o Frame se complementam perfeitamente. Juntos, podemos transformar o modo como as pessoas consomem notícias”, concluiu Moe.