O grátis tomou conta da internet. As gerações que têm menos de 20 anos já nasceram nas plataformas digitais e com a percepção de que tudo é grátis na internet, desde informações até a infinidade de aplicativos existentes.

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As especialistas em gerações Nicole Lipkin e April Perrymore estudaram a cultura desta nova geração e seu impacto no mundo dos negócios, especialmente considerando que são a primeira geração de falantes desta língua digital, e que para fazê-la vigorar construíram (e estão ainda construindo) regras, estruturas, gramática e até princípios de comunicação.

O grátis tridimensional do passado teve seu sentido ressignificado, pois esta geração é multitarefas por natureza de acordo com as multiplataformas de contato que a tecnologia proporciona, redimensionando os desejos de pertencimento e as fronteiras dos relacionamentos. O Google é um grande exemplo. A partir de sua plataforma, que é gratuita para o usuário final, é possível acessar o mundo todo a partir de casa sem nenhum tipo de custo.

Uma outra tendência, realizar trocas pela internet. As permutas de objetos não consideram o dinheiro como referência, reduzindo os custos sociais, culturais, políticos e pessoais a uma economia alternativa de troca de bens. Já os gifts consideram o espírito de reciprocidade, socialidade e espontaneidade no qual as trocas são efetivadas, e estão, em muitos casos, distantes das questões de lucro e de intencionalidade, tal como se observa na circulação de commodities.

Essa é uma grande tendência que transformará a sociedade. E com isso, o desafio das empresas crescem cada vez mais na adoção da estratégia do grátis, que já é uma exigência dessa nova geração.