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Web Summit Rio 2025 abril 29, 2025

Como liderar inteligências artificiais que parecem infalíveis, mas erram em silêncio?

Kleber Pinto

Escrito por Kleber Pinto

Tempo de leitura 4 min

Como liderar inteligências artificiais que parecem infalíveis, mas erram em silêncio?

O futuro do trabalho não é uma teoria para a próxima geração. Ele já começou — e ele exige muito mais do que aprender a usar novas ferramentas.

No Web Summit Rio 2025, especialistas da IBM, Groq e TIWG trouxeram um alerta direto: não basta usar IA. Você terá que liderar agentes autônomos de IA.

E liderar algo que não sente cansaço, medo ou dúvida, mas que pode errar com total confiança, exige um novo tipo de habilidade — que combina consciência humana com fluência tecnológica.

 

A nova realidade: a IA não é ferramenta, é agente

Quando falamos de agentes de IA, falamos de sistemas que atuam de forma autônoma, tomam decisões, produzem textos, imagens, códigos — e que em muitos momentos fazem inferências sem garantia de acerto.

A maioria das interações que teremos com a IA acontece na etapa de inferência — a aplicação prática de modelos prontos.

Isso significa que, como líder, você precisa:

  • Saber interpretar respostas que parecem corretas, mas podem ser inventadas (o fenômeno da “alucinação” das IAs).
  • Ter julgamento crítico para validar, ajustar e corrigir o que agentes autônomos produzem.

Compreender que a IA é uma parceira de trabalho — não um oráculo infalível.

Do marketing ao RH: todos vão precisar de fluência em IA

O alerta dos especialistas foi claro:
A necessidade de fluência em IA não é exclusiva de times técnicos.

Profissionais de marketing, atendimento, recursos humanos, jurídico e educação também precisarão:

  • Entender o funcionamento básico dos modelos de linguagem;
  • Saber fazer perguntas certas (prompts) e interpretar respostas;
  • Gerenciar resultados, identificando limites éticos e riscos.

Não se trata apenas de operar ferramentas. Se trata de liderar inteligências — humanas e artificiais — no mesmo fluxo de trabalho.

 

A América Latina pode pular etapas (de novo)

Outro ponto potente da palestra foi sobre a vantagem dos mercados emergentes, como o Brasil.

Assim como aconteceu com a internet móvel, que saltou etapas de infraestrutura, a América Latina tem a chance de:

  • Adotar IA rapidamente, sem a limitação de sistemas legados;
  • Formar talentos desde a universidade, como já fazem instituições como a FIA (Brasil) e a Tec de Monterrey (México);
  • Criar soluções originais, adaptadas à realidade local, com menos amarras de infraestrutura tradicional.

A colaboração entre empresas como IBM, universidades e hubs de inovação como o Instituto Caldeira mostra que o movimento já começou.

 

O novo líder: protetor de pessoas, gestor de inteligências

No meio desse cenário, surge um novo tipo de liderança:

  • Cuidar de pessoas, promovendo ambientes saudáveis, onde o burnout humano é prevenido — e não normalizado;
  • Gerenciar inteligências artificiais, compreendendo suas limitações e atuando como “conselheiro crítico” diante das inferências automáticas.

A IA não sente medo.
A IA não pede desculpas.
A IA não avisa quando erra.

O ser humano, sim. Por isso, o papel da liderança moderna é mais importante do que nunca: conciliar precisão tecnológica com consciência humana.

O futuro do trabalho exige mais do que aprender a usar IA. Exige saber liderar inteligências que acertam rápido — e erram em silêncio.

Na Midiaria.com, estamos atentos a cada movimento dessa transformação. Acreditamos que empresas que conseguirem unir pensamento crítico, fluência em IA e respeito às pessoas vão liderar a próxima geração de negócios.

E você?  Vai liderar — ou ser liderado?