DES 2025 junho 11, 2025
Inovação exponencial: o futuro do marketing segundo Esther Checa Gutiérrez

Como será o marketing em um mundo guiado pela inteligência artificial generativa, buscas conversacionais e experiências cada vez mais fluidas? No palco do Digital Enterprise Show (DES 2025), Esther Checa Gutiérrez — Global Head of Innovation da agência t2ó — trouxe uma visão estratégica e inspiradora sobre as tecnologias que já estão mudando a forma como marcas e consumidores se relacionam.
A era da inovação exponencial
Esther defendeu uma visão centrada no ser humano, impulsionada pela tecnologia — e, principalmente, pela voz como nova interface.
Do prompt à conversa: a revolução das buscas
Esther começou sua apresentação destacando a transição das buscas por palavras-chave para conversas reais com interfaces inteligentes. Hoje, mais de 70% das buscas por voz são feitas em linguagem natural. A IA precisa, portanto, entender contexto, emoções e intenção, o que exige marcas preparadas para interagir em formatos conversacionais.
“Estamos caminhando para experiências em que os usuários esperam respostas completas, com contexto, sem atritos — e isso muda tudo”, disse ela.
Agentes inteligentes: do chatbot ao ecossistema
A segunda transformação apresentada foi o crescimento dos AI Agents, que vão além dos chatbots. Eles aprendem, cruzam dados em tempo real e agem com autonomia dentro de fluxos cada vez mais complexos.
Durante o evento, um dos exemplos mais comentados foi o Rufus, assistente de compras generativo da Amazon. Capaz de sugerir produtos, comparar avaliações e até “comprar por você”, Rufus representa essa nova geração de assistentes centrados em decisão e utilidade.
IA Multimodal: contexto acima de tudo
Outro pilar do novo marketing, segundo Esther é a compreensão multimodal — ou seja, a IA que processa simultaneamente texto, imagem, voz e comportamento.
Essa abordagem amplia o poder de personalização e permite criar experiências integradas e naturais. Para Esther, trata-se de unir “dados, tecnologia e pessoas” para gerar interações realmente relevantes, dentro de ecossistemas integrados.
Experiências fluídas e sem atritos
Esther defende que a evolução não está apenas na tecnologia, mas em como ela desaparece para permitir interações naturais. A experiência ideal, segundo ela, é aquela que flui — seja no digital, no físico ou entre os dois.
“A experiência do usuário precisa ser sem costuras. Quanto menos o consumidor perceber que está interagindo com uma máquina, mais eficiente será a relação”, afirmou.
Estratégias práticas para marcas que querem inovar
Com base nos insights da palestra e entrevistas recentes, destacamos 4 direções práticas para marcas e profissionais de marketing:
- Adote a voz como interface: pense além do texto — sua marca precisa “falar” com naturalidade.
- Implemente agentes inteligentes: crie fluxos automatizados e contextualizados, especialmente no atendimento e jornada de compra.
- Use dados multimodais: combine interações em vídeo, áudio, texto e imagens para entender o comportamento real do consumidor.
- Crie experiências emocionais: para Esther, “o cérebro precisa se emocionar para aprender”. O marketing eficaz hoje é aquele que conecta, surpreende e humaniza.