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Inteligência artificialInteratividadeTendências maio 14, 2025

6G: prepare-se para o próximo salto quântico em conectividade

Lucas Lima

Escrito por Lucas Lima

Tempo de leitura 4 min

6G: prepare-se para o próximo salto quântico em conectividade

Imagine um mundo onde a inteligência artificial não apenas rode na rede, mas seja a própria rede. Onde seus óculos inteligentes permitem interagir com hologramas táteis de amigos distantes. Onde a própria infraestrutura de comunicação atua como um sensor hiperesensível, mapeando o ambiente em 3D com precisão inédita. Parece ficção científica? Prepare-se, porque o futuro chegou: o 6G está a caminho!

Em um painel no Estadão Summit Tecnologia e Inovação, especialistas de peso da indústria e da regulamentação – Carlos Lauria (Huawei), Hugo Baeta (Nokia), Luciano Mendes (Inatel) e Vinicius Oliveira Caram Guimarães (Anatel), com a mediação perspicaz de Circe Bonatelli (Broadcast) – mergulharam fundo no potencial disruptivo da sexta geração de internet móvel. Prepare-se para uma revolução que vai muito além da velocidade!

Confira os principais insights e prepare-se para o futuro da conectividade:

● O 6G não é apenas uma evolução do 5G, é uma transformação radical: Enquanto o 5G foca em velocidade e baixa latência, o 6G integrará nativamente a Inteligência Artificial (IA) em todos os aspectos da rede. Isso permitirá otimizar a operação, reduzir custos e, crucialmente, suportar aplicações de IA distribuídas em toda a infraestrutura – desde as torres até os dispositivos.

● Adeus smartphones? O futuro da interação será vestível e inteligente: Luciano Mendes vislumbra um futuro em que a interação com a rede transcende as telas dos smartphones. Relógios, braceletes e óculos inteligentes, impulsionados por IA, interpretarão nossos gestos e intenções, permitindo uma comunicação mais fluida e intuitiva com o mundo digital.

● Cronograma 6G: A década de 2030 como ponto de inflexão: A padronização do 6G já está em andamento no 3GPP, com a primeira versão prevista para o início de 2029. Carlos Lauria estima que os primeiros lançamentos comerciais devem ocorrer por volta de 2030, um prazo apertado que já impulsiona o desenvolvimento de protótipos e testes pela indústria.

● A rede como um sensor onipresente: Um salto de paradigma: Hugo Baeta destaca uma das maiores inovações do 6G: a capacidade da própria rede de atuar como um sensor avançado. Utilizando a vasta densidade de antenas e ondas de radiofrequência, o 6G poderá localizar objetos, determinar seu tamanho, forma, velocidade e direção, abrindo caminho para os “gêmeos digitais” e uma miríade de aplicações em diversos setores.

● IoT evolui para IoI: A Inteligência das Coisas: Carlos Lauria explica que o 6G levará a Internet das Coisas (IoT) a um novo patamar, transformando-a na “Inteligência das Coisas” (IoI). Sensores inteligentes, integrados à rede com IA nativa, proporcionarão insights e automações mais sofisticadas.

● 6G: Uma geração par focada também no consumidor: Diferentemente do 5G, com foco principal em aplicações B2B, o 6G, sendo uma geração par, trará inovações impactantes também para o consumidor final. Hologramas sem a necessidade de óculos especiais e experiências de interação tátil remota são apenas algumas das possibilidades vislumbradas.

● O papel crucial da regulamentação e do espectro: Vinicius Oliveira Caram Guimarães, da Anatel, ressalta a importância do planejamento e da destinação adequada de espectro para o sucesso do 6G. A harmonização global das faixas de frequência é essencial para garantir a viabilidade econômica e a disponibilidade de dispositivos em escala mundial. A Anatel já está estudando a faixa de 6 GHz, buscando um equilíbrio entre as necessidades do Wi-Fi e das redes móveis de próxima geração.

● Canais mais amplos, mais dados, mais possibilidades: A evolução das gerações de redes móveis é intrinsecamente ligada ao aumento da largura dos canais de espectro. Se o 5G opera com canais de 100 MHz, o 6G já vislumbra canais de no mínimo 200 MHz, permitindo a transmissão de volumes massivos de dados necessários para aplicações como holografia e sensoriamento avançado.

● Brasil na vanguarda do 5G e de olho no futuro: Guimarães destaca que o Brasil já ocupa a terceira posição global em qualidade do 5G e está ativamente participando dos fóruns internacionais para moldar o futuro do 6G, buscando a harmonização de espectro e o desenvolvimento de um ecossistema global robusto.

O caminho para o 6G é desafiador e multifacetado, envolvendo pesquisa, desenvolvimento tecnológico, padronização global e decisões regulatórias estratégicas. No entanto, o potencial transformador dessa tecnologia para a sociedade, a indústria e a economia são inegável. Prepare-se para uma nova era de conectividade inteligente, sensorial e imersiva – o futuro está mais próximo do que você imagina!

 

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