Retomando o tema games, abordado aqui no blog na segunda-feira (09/01) – Mercado de Games e oportunidades publicitárias – fui buscar mais informações sobre essa nova mídia milionária, atendendo pedidos nos fóruns que participo. Lendo a edição da revista Info desse mês, localizei uma reportagem superinteressante que aborda alguns dados relevantes que ressalto a seguir.
O setor de games em 2011 movimentou R$ 125 bilhões, um crescimento de 7% em relação a 2010, sendo esse faturamento oriundo desde a venda de jogos para consoles até aplicativos para smartphones. De acordo com a consultoria especializada em games DFC Inteligence, o mercado deve crescer 20% até 2016. Aumento esse que será impulsionado pelo sucesso de jogos comandados por sensores de movimento como o Kinect, pelo relançamento de clássicos dos videogames e pela disseminação da cultura “freemium”, em que jogos gratuitos vendem itens para melhorar a experiência do jogador ou exibem anúncios.
Comparados a outras formas de entretenimento, o sucesso do mercado de games fica ainda mais evidente. Lançado no final do ano passado, o Call of Duty Modern Warfare 3 faturou US$ 775 milhões na primeira semana de vendas. É mais do que a bilheteria de blockbusters, como Harry Potter e as Relíquias da Morte, Crepúsculo e Transformers. Em faturamento:
- Call of Duty Modern Warfare 3 – US$ 775 milhões (mais que os sucessos de Hollywood abaixo);
- Harry Potter e as relíquias da Morte 2 – US$ 169 milhões;
- Crepúsculo: Amanhacer 1 – US$ 138 milhões;
- Transformers: O Lado Oculto da Lua – US$ 97 milhões.
(Fonte: Box Office Mojo.com. Faturamento na semana de estreia)
Para melhorar a competitividade sem sacrificar os lucros, as produtoras de jogos para dispositivos móveis estão apostando em fontes alternativas de receitas. Entre os 250 aplicativos mais baixados da App Store, 88% são gratuitos ou usam novas fontes de receita, como a venda de itens ou a exibição de anúncios.
Nos próximos anos, será cada vez mais comum ver anúncios dentro dos jogos. Segundo a DFC Intelligence, a publicidade em games vai passar de R$ 5,7 bilhões para R$ 13,2 bilhões até 2016. A Microsoft percebeu essa tendência e comercializou espaços na versão brasileira da rede Xbox Live. A Fiat e a Coca Cola foram as primeiras empresas a anunciarem no espaço.
Repare na imagem ao lado do jogo PES 2013, que contará com campeonatos brasileiros e argentinos licenciados. Perceba a presença da publicidade em todo o cenário, sendo esse espaço uma oportunidade de exposição e fixação de marca para as empresas.
Para chamar atenção à sua marca, várias são as oportunidades oferecidas pelos games. Os grandes eventos previstos no Brasil (Copa do Mundo e Olimpíadas), o UFC chegando forte no país, eventos de moda, entre tantos outros, nos fazem pensar o quanto se dá para projetar ações para games e evidenciar marcas para um público que será impactado inúmeras vezes, todas as vezes que decidir brincar com determinado jogo. Já parou para pensar nisso?
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