As grandes agências globais de propaganda e comunicação sofrem com o desafio de manterem suas estruturas tão robustas quanto suas entregas. Para as pequenas, a questão não é muito diferente com relação a resultados. No entanto, essas últimas vêm ganhando espaço entre as marcas por conseguirem reunir times enxutos e focados em encontrar soluções rápidas e criativas. A discussão foi tema de um painel com representantes de grandes empresas de comunicação da Europa durante o Web Summit 2019, em Lisboa.

Confira os destaques do Web Summit 2019 segundo os especialistas da midiaria.com

Como se não bastasse o desafio da criatividade, as agências de propaganda e comunicação têm de lidar com a tecnologia que avança no setor. Automação, dados, machine learning e inteligência artificial estão na ordem do dia dessas empresas. Ou deveriam estar.

Para Mel Edwards, CEO da Wunderman Thompson, “dados e plataformas digitais devem atender a demanda dos consumidores e ajudar as marcas a se comunicarem melhor”. A responsabilidade de fazer isso acontecer está nas agências. “Precisamos de times mais diversos e que saibam passar a percepção de valor da agência para o cliente e para o consumidor”, argumentou Sairah Ashman, CEO da Wolff Olins.

Já Brian Collins, fundador e chefe criativo da agência que leva seu nome, foi contundente ao afirmar que criatividade e tecnologia andam juntas nos dias de hoje e devem estar presentes nas agências de comunicação. “Inteligência artificial certamente nos ajudará a sermos mais criativos.”

Todos foram unânimes ao falar da convivência entre os profissionais de comunicação e marketing e as automações. Para Collins, o atendimento consultivo ainda é um diferencial no mercado de comunicação. “Machine learning é uma ferramenta poderosa para nos ajudar a melhorar nossas entregas, mas nada substitui as relações humanas”, completou Mel.