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Crescimento e desafios das multi-telas. Por que você deve se preocupar com isso
“A televisão não existe mais. Agora tudo é tela.” A frase é de um dos ícones da TV pós-moderna, Marcelo Tas, em entrevista à revista INFO deste mês. À publicação, ele ainda diz que “não existe diferença entre assistir um vídeo no Youtube ou na TV”. Essa tendência está comprovada em diversas pesquisas, como o maior estudo sobre consumo de mídia e informações em múltiplas telas, realizado pela BBC em parceria com o instituto Insights Consulting e divulgado em março desse ano.
A pesquisa analisou o comportamento de 3600 usuários de nove países (infelizmente não estamos na lista!) que fazem uso de, no mínimo, três aparelhos, entre televisão, smartphones, computadores, tablets, etc. O resultado? Não há competição entre os dispositivos, mas sim, complementação entre o uso de diversos aparelhos. Para se ter uma ideia, 83% dos donos de tablets fazem uso dessa tela enquanto assistem TV (veja no infográfico acima outros dados interessantes desse estudo).
Mesmo fora dessa pesquisa, acredito que a realidade brasileira é bem parecida com o que vemos em países como Australia, Singapura, India, África do Sul, Alemanha, França e Estados Unidos. Não à toa, novelas como “Avenida Brasil”, o reality show “Big Brother”, ambos da TV Globo, e o próprio “CQC” de Marcelo Tas na Band estão frequentemente nos trending topics do Twitter e são fonte de comentários no Facebook. A classe média que está frente à televisão tem um tablet ou smartphone na mão.
Outro estudo do Google/Ipsos de agosto de 2012 reporta que PCs nos mantém produtivos e informados, smartphones nos conectam e tablets nos entretém.
As multi-telas estão cada vez mais presentes na sociedade contemporânea. Cabe à comunicação fazer bom uso de outra informação que deriva dessas pesquisas e tendências: um em cada sete usuários de smartphone responde a um anúncio que surge em sua tela. Para TV e desktop essa proporção é de um para cinco e um para quatro, respectivamente.
Ou seja, para os próximos anos, os usuários de dispositivos móveis verão tanta propaganda nessas telas quanto veem na TV. Com um pequeno detalhe: eles poderão escolher se querem ou não ver seu conteúdo.
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