O caso do Instituto Royal, acusado de usar cachorros em pesquisas científicas, mobilizou comunidades, a mídia, e promoveu muitas ações na web pelos amantes dos animais. Sobrou até para quem não tinha nada a ver com a polêmica.
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Não é porque os cães são da raça beagle, mas sim porque são animais supostamente explorados em nome do desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para o ser humano que foram encontrados num laboratório com aquele olhar triste digno de muitos curtis no Facebook. A questão é séria!
No dia 12 de outubro, um grupo de ativistas se acorrentou à porta do Instituto Royal, em São Roque-SP, pedindo a liberdade dos animais. Já na madrugada do dia 18, depois de muita comoção nas mídias sociais, cem manifestantes entraram no instituto e resgataram cerca de 80 cães. Naquele momento, a hashtag #institutoroyal aparecia em primeiro lugar nos trending topics do Twitter de São Paulo.
Os telejornais do dia seguinte trataram o caso com prioridade. No Facebook, muitas comunidades foram criadas para defender os cachorros e inclusive encontrar um novo lar para eles. A maior fan page sobre o caso – e contra o Instituto Royal – já contabiliza mais de 370 mil seguidores. No Avazz.org, há uma petição com mais de 457 mil assinaturas contra o uso de animais pelo Instituto Royal. O documento deve ser entregue ao Ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp.
Até mesmo a marca de produtos para pets Royal Canin foi obrigada a se manifestar. Sem vínculo algum com o Instituto Royal, a empresa de rações divulgou um comunicado depois de receber alguns xingamentos pela internet por parte de alguns manifestantes.
O engajamento de comunidades pela salvação dos animais é tamanho que fica até difícil encontrar um posicionamento claro do Instituto Royal sobre o assunto. Os próprios ativistas trocam informações pelas fan pages e reportam o que está ou não sendo falado sobre a polêmica na mídia.
O caso dos cães retirados do laboratório em São Roque mostra claramente o poder das mídias sociais no engajamento de comunidades e na propagação de interesses comuns. Trata-se de um fenômeno cada vez mais comum num mundo conectado.