O cenário futuro da cultura, da mídia e das indústrias criativas com o uso responsável e ético da IA ​​na geração de conteúdo, respeitando ao mesmo tempo o seu uso em benefício da humanidade foi tema de uma sessão no DES – Digital Enterprise Show 2024. Quatro executivos se reuniram em Málaga para compartilhar suas visões sobre o tema.

Carlos Núñez, presidente da PRISA Media

“Precisamos de transparência e ética no uso das informações produzidas pelos meios de comunicação e utilizadas pelas aplicações de IA. É preciso lembrar que o que alimenta os bancos de dados dessas aplicações é de propriedade de empresas de comunicação”.

Evelio Acevedo, diretor do Museo Nacional Thyssen-Bornemisza

“O uso da tecnologia nas artes vem de 1960. Acredito que o que estamos vendo agora é que a inteligência artificial pode ajudar artistas a levarem sua arte para mais pessoas. Mas é claro que precisamos discutir as questões éticas e de uso de conteúdos autorais. Também creio que a IA vá produzir algo que nos atraia esteticamente, mas não substituirá a importância dos artistas para a sociedade”.

Ángel Durández, presidente da Arcadia Motion Pictures

“Não existiriam seres inimagináveis que vemos nos cinemas se não fossem pelos olhos humanos. Aquilo que nos toca é criado por um ser humano que utiliza a tecnologia para nos encantar. Esse deve ser o papel da inteligência artificial do meu ponto de vista”.

Lujan Arguelles, apresentadora do Mediaset

“A maneira como internalizamos uma informação, como ela nos impacta, desde sua criação, nunca poderá ser substituída por uma tecnologia. Estamos em uma indústria que coloca as tecnologias à disposição, mas raramente discute seus efeitos. Não podemos seguir assim, inclusive nas artes e em toda a indústria criativa”.