Branding abril 10, 2017
O que é confiança no mundo corporativo?
Estudo mostra como estão os índices de confiança do brasileiro nas empresas e em outros setores da sociedade
Recentemente, acompanhamos na mídia casos de corrupção envolvendo CEOs de grandes empresas, como a Odebrecht. A Edelman Significa realiza anualmente um estudo, que mede os índices de confiabilidade nas diversas instituições do Brasil e do mundo. Em 2017, essa pesquisa revelou que o Governo é a instituição nacional em que as pessoas menos confiam, com um índice de confiança de apenas 24% entre aproximadamente 33 mil entrevistados.
Siga a midiaria.com no Instagram, no Pinterest, no Google+, no Linkedin, no Twitter e no Facebook!
Segundo o CEO da Edelman, Yacoff Sarkovas, o Brasil está em um momento especial para as empresas, que podem liderar uma agenda de transformação no país, uma vez que, segundo os estudos divulgados pelo Instituto de Pesquisa, a confiança das pessoas nos líderes das empresas continua em alta.
Mas como podemos saber se o que está em xeque é a reputação ou a confiança? Para entendermos isso, é necessário descobrirmos o que significa cada um.
Reputação e confiança
A reputação é algo que foi construído no passado e tem por base um conceito acerca de determinada situação ou personalidade. Por sua vez, a confiança é algo que se conquista a longo prazo, relacionada a um sentimento, baseando-se em um indicador intangível de valor.
Ao direcionar a análise para o fator de crise nas instituições públicas, percebe-se a falta de a confiança. O percentual dela entre os públicos considerados “informados” pelo estudo e o considerado geral é bem diferente, com cerca de 15 pontos de diferença.
Já as empresas e as ONGs conquistam um crédito maior entre o público. A mídia e o Governo não possuem uma credibilidade muito grande, com destaque para o índice de 24% de confiança do total de pessoas pesquisadas e a mídia com apenas 43%.
Temos então um sistema em colapso, tanto local, quanto mundialmente, com base em baixo índice (13%) de entrevistados que acreditam que o sistema está funcionando. No Brasil, o nosso maior medo é a corrupção, e 87% dos entrevistados acreditam que o país sofre com uma corrupção generalizada.
Comunicados oficiais e informações vazadas
Um fato importante a se observar é que as pessoas acreditam mais nas informações vazadas do que nos comunicados oficiais das empresas. Isso se dá por conta da difusão das ferramentas de busca e das mídias sociais, em que as informações surgem por meio de fontes distintas, parciais e, grande parte das vezes, pouco cientes da verdade absoluta.
Um outro caso que exemplifica isso é que no Brasil, 78% das pessoas confiam mais nos influenciadores digitais do que nos especialistas e CEOs – que possuem a menor credibilidade de todos os 17 anos de pesquisa da Edelman, entre outros.
As pessoas acreditam que, quando o sistema falha, as empresas deveriam se posicionar com protagonismo, tomando medidas que melhorem as condições econômicas e sociais do local onde elas operam.
Atualmente, essas companhias buscam criar relações a longo prazo com as pessoas, uma vez que elas sentem que o que passa mais credibilidade são os representantes que falam espontaneamente, passam mensagens diretas e compartilham informações abrangentes sobre o negócio.
Neste sentido, a atuação corporativa nas redes sociais se faz essencial para contribuir com o objetivo de tornar a empresa transparente e amigável para os colaboradores.
O estudo base desse texto está disponível no site: www.edelmansignifica.com.br