O universo das criptomoedas ainda gera muitas dúvidas — e, por isso mesmo, muitos deixam de enxergar o que realmente está em jogo: a transformação profunda da forma como valor é criado, distribuído e percebido.

Durante o painel Cryptopia, no Web Summit Rio 2025, especialistas do setor mostraram que o blockchain não é apenas uma promessa distante. Ele já está movimentando o mercado, influenciando políticas públicas e abrindo novas possibilidades para empresas em todo o mundo.

E, para quem atua com marca, posicionamento e estratégia de negócios, esse movimento já não pode mais ser ignorado.

Cripto não é só sobre moedas — é sobre infraestrutura

Marcelo Sampaio, cofundador e CEO da Hashdex, foi direto ao ponto:

“Criptomoedas são infraestrutura, não moeda.”

Na prática, isso significa que estamos falando de algo muito maior do que investimento especulativo. Estamos diante de uma nova camada digital, que pode transformar a forma como contratos são firmados, ativos são negociados e comunidades são ativadas.

Assim como a internet revolucionou o marketing e a comunicação, o blockchain está criando uma nova base para inovação — inclusive nas relações entre marcas e públicos.

Brasil já está fazendo – e pode fazer mais

Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, destacou que o Brasil é pioneiro na tokenização de ativos reais, com projetos estruturados desde 2019. Ativos como recebíveis, imóveis e participações empresariais já circulam de forma digital, com lastro, agilidade e rastreabilidade.

Essa maturidade coloca o país em posição estratégica — inclusive para marcas que querem inovar em modelos de negócio e formas de gerar valor.

“Estamos fazendo nosso trabalho, mas ainda temos muito a construir.” – Reinaldo Rabelo

Atenção virou ativo. E sim, ela pode ser monetizada

Um dos momentos mais provocativos do painel veio com a fala do próprio Reinaldo:

“Memecoins são uma forma de monetizar atenção.”

Parece distante? Nem tanto. Basta lembrar do caso GameStop, quando uma comunidade digital elevou o preço das ações da empresa, desafiando o mercado tradicional. No fundo, o que estava sendo negociado ali não era o ativo, mas a narrativa.

Para marcas, esse é um sinal claro: engajamento real pode gerar valor de mercado. E esse valor não depende apenas de fundamentos financeiros — mas da relação construída com a comunidade.

A regulação está mudando — e pode destravar oportunidades

Nos Estados Unidos, o debate sobre criptomoedas virou pauta política. Kathleen Breitman, cofundadora da Tezos, chamou atenção para como o cenário regulatório pode limitar ou acelerar a inovação — e destacou a importância do Congresso e de órgãos como SEC e CFTC na construção de um ambiente favorável.

“A tecnologia pode fazer bem para a sociedade — se os governos deixarem de politizar e passarem a entender seu valor.” – Kathleen Breitman

Esse movimento tende a influenciar outros países, inclusive o Brasil. Para empresas e marcas, isso significa mais segurança para inovar, lançar produtos digitais e explorar novos formatos de relacionamento com seus públicos.

E por que tudo isso interessa para sua marca?

Porque blockchain, tokenização e economia da atenção não são mais assuntos só do universo cripto. Eles dizem respeito a novas formas de construir valor, gerar confiança e se conectar com as pessoas.

Se você está pensando em diferenciação, inovação e posicionamento — precisa, no mínimo, acompanhar esse debate. E, se possível, se antecipar a ele.

No painel Cryptopia, ficou claro: não é mais sobre o “se”, é sobre o “quando”. E quem entende isso agora, com calma e estratégia, terá muito mais propriedade para liderar esse processo no seu mercado.

Na Midiaria.com, estamos acompanhando essas transformações de perto para apoiar nossos clientes a se posicionarem com relevância, responsabilidade e visão de futuro.

Se você quer entender como sua marca pode se preparar para esse cenário, vamos conversar.