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Especiaismidiaria.com meeting março 7, 2017

Midiaria.com meeting: Produção e distribuição de conteúdo norteiam a trajetória da TV

123esite

Escrito por 123esite

Tempo de leitura 6 min

Midiaria.com meeting: Produção e distribuição de conteúdo norteiam a trajetória da TV

Confira um resumo do evento promovido pela midiaria.com em São Paulo sobre o futuro da TV

Apesar de ser considerada como principal meio informativo e de entretenimento no Brasil, a TV hoje lida com uma alta concorrência de produção de informação na internet – que cada vez mais influencia a forma como o público consome a comunicação. Esse cenário impôs aos profissionais do segmento uma busca frequente por formatos ideais de programas, atrelada a adesão ao Cross Media e um novo olhar sobre a criação de conteúdo como modelo de negócio.

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Essas tendências nortearam a terceira edição do midiaria.com meeting, realizado dia 04 de março de 2017, pela midiaria.com em parceria com o Grupo Editorial Summus. O evento reuniu os profissionais José Carlos Aronchi, consultor de novos modelos de negócios e inovação; Julio Cesar Fernandes, pesquisador de TV, professor universitário e coordenador de telejornal; Ninho Moraes, jornalista, documentarista, cineasta e professor universitário; Renata Yumi, gerente de mídias integradas da TV Cultura, e aproximadamente 80 participantes – entre estudantes e profissionais atuantes no setor de comunicação.

“A TV apresenta em sua trajetória a busca por um formato salvador, que se adeque a duas necessidades básicas: oferecer uma informação que seja relevante para reter um público significativo e, ao mesmo tempo, seja pertinente para manter os investimentos publicitários”, contextualizou José Carlos Aronchi.

Seguindo essa lógica, Renata Yumi explicou que, apesar da necessidade de adaptar o conteúdo ao gosto do público, os formatos se mantém semelhantes ao longo do tempo. “A geração X impactada na infância pelo Programa do Bozo e Qual é a música hoje assiste com seus filhos ao Bom dia & Cia e ao The Voice – tanto na televisão, quanto pelas redes sociais”, explicou.

Essa percepção é corroborada por Ninho Moraes. “Os gêneros televisivos vêm sendo reestruturados e adaptados de acordo com a realidade da emissora e da audiência. Acredito na readaptação dos formatos já existentes como um método que tem funcionado para esta mídia”.

Neste sentido, ainda que a evolução da tecnologia atue de forma considerável na produção televisiva, a preservação de formatos tradicionais como as transmissões ao vivo de eventos, os programas de auditório que possibilitam interação direta do público e a formatação de narrativas atraentes para séries e novelas se mantiveram como grandes pilares da geração de conteúdo, independentemente de onde ele seja veiculado.

Credibilidade x Publicidade

Outro ponto de destaque no midiaria.com meeting foi a discussão sobre a relação entre a credibilidade e a publicidade. Ainda que com focos diferentes, ambas compõem a configuração da TV como o principal vetor de informação e entretenimento.

Para Renata Yumi, um fator que influencia a credibilidade do conteúdo se traduz pelo aumento da interação do público: hoje presenciamos os telespectadores que atuam noticiando, sugerindo pauta e dando feedbacks sobre a informação apresentada. Este movimento norteia os produtores e jornalistas para uma pesquisa mais aprofundada que resultará em matérias e programas mais completos.

Júlio Fernandes completou que a TV ainda é o grande transmissor de conteúdo, considerando uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Mídia, em 2015, que aponta 73% da população brasileira impactada pela TV. “O potencial de publicidade voltada para a audiência televisiva é muito grande: quase 63% da publicidade está concentrada na TV aberta, o número aumenta para 73% se juntarmos com a TV fechada”, contextualizou Fernandes, que não acredita numa mudança deste modelo.

Seguindo este caminho, Moraes acredita que as emissoras são organizações comerciais que precisam focar em soluções que proporcionem rentabilidade. Com esta necessidade aliada à produção de um conteúdo cada vez mais aprofundado, já há um movimento de parceria entre as emissoras de TV aberta com canais da TV fechada.

Cross Media como alicerce de evolução da TV

Outra movimentação de mercado que se destacou na discussão é a incorporação de multicanais à grade tradicional da TV, além da produção e disponibilidade das atrações das emissoras na internet. Para não perder telespectadores, as emissoras já atuam inclusive sob o conceito Cross Media – caracterizado pela distribuição de conteúdo nas mídias e plataformas disponíveis no mundo digital e offline -, e concentram a comunicação de notícias e retransmissão dos programas exibidos nos sites e redes sociais.

Renata contextualizou que algumas emissoras têm apostado em desenvolver projetos em conjunto com blogueiros e youtubers, visando manter sua audiência e também impactar novos públicos. “A TV Cultura reuniu influenciadores digitais para entrevistar os apresentadores e discutir o atual cenário da web na edição de aniversário do programa Roda Viva”.

No entanto, o intercâmbio de informações com a internet caminha junto com o aumento da oferta de conteúdos disponibilizados via streaming nas plataformas on demand, que atendem ao interesse do público e podem ser consumidos a qualquer momento. “Coube às emissoras desenvolver aplicativos e novos formatos de venda acessível pela internet, como foi feito com a série SuperMax, por meio de episódios liberados no aplicativo Globo Play e a veiculação do último capítulo primeiramente na TV”, contextualizou Julio.

Conteúdo como modelo de negócio

A programação televisiva ainda é um hábito que faz parte do cotidiano das pessoas e chega a moldar, inclusive, os horários de alimentação e a rotina da casa. Por outro lado, a nova geração migra para um novo modelo de consumir a televisão (ou o que provém dela), que se baseia principalmente no interesse e disponibilidade pessoais.

Para Aronchi, o domínio dos gêneros e formatos é fundamental para o estabelecimento do futuro.  “A TV pode ser classificada como o aparelho que eu ligo, a plataforma que eu compro e o conteúdo que eu assisto. O telespectador já tem a liberdade de assistir o que ele quer e isso é uma tendência da qual as emissoras precisam ter em mente”.

Com base nisso, o profissional destacou que a produção da informação surge como um modelo de negócio que tem alta capacidade de gerar demanda e, possivelmente, pode moldar o futuro desta mídia. Mesmo que não seja possível prever o futuro da TV, ela ainda é um ativo importante na comunicação e o conteúdo informativo e de entretenimento tem espaço para o público de todas as idades.

Quer saber mais? Acompanhe como foi o evento na íntegra pela transmissão ao vivo disponível na nossa página no facebook.

Fique atento aos próximos encontros do midiaria.com meeting.