Durante o RD Summit 2017, a francesa Alexia Ohanessian trouxe valiosas dicas para as empresas que buscam expandir mundo a fora. Com um português acentuado por um leve sotaque de seu país de origem, a líder do time de Marketing Internacional da Trello dividiu um pouco da experiência da empresa, que lançou o produto em 21 idiomas por meio de um esforço inovador de colaboração coletiva.

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“A primeira coisa a se pensar é no nome de sua empresa. É fácil pronúnciá-lo em outras línguas?”, questiona. Como exemplo, a especialista trouxe a empresa francesa Covoiturage.fr, que adotou o nome Blablacar quando decidiu se aventurar fora do mercado natal.

A preocupação com o idioma também envolve a tradução do site. “Há quem prefira localizar somente as páginas mais acessadas, o que é muito ruim. Não conseguir ler um conteúdo porque está em outra língua prejudica a experiência do usuário”, conta.

Outra questão levantada por Ohanessian é a necessidade de entender as peculiaridades culturais relacionadas à abordagem de venda. “Nos EUA, por exemplo, eles falam de direito abertamente”, explica. Por isso, é muito comum usar como argumento que tal produto ajuda a economizar ou garante o lucro de X dólares.

Esse aspecto não se resume apenas a oferta, mas também ao design utilizado – busque agregar símbolos dos países-alvo – e a interação com o cliente. “Enquanto os nórdicos dizem ‘não’ sem nenhuma cerimônia, os franceses consideram uma falta de educação ser tão direto”, compara. Outra dica interessante é entender a interação das pessoas na região que sua empresa pretende alcançar.

Ohanessian sugeriu também algumas estratégias para entrar em mercados estrangeiros, como trabalhar em co-marketing com marcas já estabelecidas e dominar o calendário comercial e festivo para não perder oportunidades de marketing. “Porém, a única forma de saber se um mercado é bom para você é ir até lá, mostrar sua cara. Tentar acionar outro país de sua base não funciona”, finaliza.

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