Web & Tech outubro 6, 2020
Inovação humanizada: o processo que permite futuro as empresas
Para a maioria das pessoas, o mundo já deixou de ser linear faz tempo. As inovações que vemos no dia a dia surgem de maneiras exponenciais, transformando a previsão de resultados cada vez mais imprevisível, principalmente no ambiente de trabalho.
Na maioria das pessoas, os primeiros pensamentos são voltados para novas tecnologias, o que não está 100% errado mas, é um pensamento extremamente raso e perigoso, já que é esquecido um fator primordial nessa equação: o fator humano.
Inovação humanizada é bem mais que um simples conceito catchy. Ela busca alinhar o pensamento das pessoas à tecnologia, e busca extrair o melhor de cada uma das partes.
O princípio da inovação humanizada
“Inovação tem sido entendida como sinônimo de tecnologia e sucesso, e isso não é verdade”. Quem afirma é Mauro Carrusca, CEO da KER Innovation. Ainda de acordo com consultor, este equívoco leva as empresas a transferirem a responsabilidade por inovação aos setores errados, como o de tecnologia ou até a criar novos setores de pesquisa e desenvolvimento.
“Inovar é a palavra do momento, organizações e empresas, públicas ou privadas, de todos os portes e segmentos, têm investido tempo, esforços e recursos em inovação. Ela está na pauta do dia. Em várias oportunidades, tenho conversado com C-levels e o assunto invariavelmente remete à pergunta: Como iniciar ou incrementar processos de inovação na empresa?”, diz Carrusca.
Diversas marcas já estão numa fase avançada de criação de um setor ou departamento de inovação, outras vão até mais longe e investem mais nesse processo e tecnologia do que nas pessoas.
A verdadeira inovação é repensar, renovar, incrementar ou até mudar radicalmente a proposta de valor e o modelo do negócio, considerando as novas variáveis do mercado, para atender melhor o cliente da era digital. O cliente é o início e o fim de qualquer processo de inovação”, afirma.
Os primeiros passos para inovar de maneira humanizada
Frequentemente, a oferta essencial da empresa, seus produtos e serviços devem ser repaginados para atender as demandas e expectativas de um cliente cada vez mais atualizado, exigente e participativo.
A combinação de tecnologias existentes favorece muito as organizações que fazem bom uso delas. E, para isso, é fundamental envolver as pessoas e criar uma atmosfera de colaboração.
“Primeiro, a inovação não é departamental, não pode ser setorizada como acreditam alguns comandantes de organizações. Inovação é um processo, necessita engajamento e inclusão das pessoas, necessita colaboração. A sua adoção deve ser realizada de forma estruturada para que todas as pessoas possam fazer parte do processo, da ‘guarita’ à ‘alta direção’, passando pelas áreas operacionais, vendas, tecnologia etc”, afirma Mauro.
Ele ainda cita que é necessário estabelecer uma sensibilização e provocar as pessoas a saírem do ostracismo. “Devemos motivar a equipe, incentivar aqueles que querem sair do lugar, que pensam diferente. Será que o que minha empresa fez ontem vale hoje? Será que o que eu fiz ontem ainda tem valor ou faz sentido hoje? O que eu poderia fazer diferente? Como? Isso sim é pensamento inovador”.