Inteligência artificial julho 1, 2025
GEO: o próximo passo da otimização

Para entendermos o que é e como funciona o GEO, precisamos passar por sua origem: o SEO. Até pouco tempo atrás, para que um site fosse encontrado mais facilmente pelos buscadores, era preciso utilizar técnicas de SEO, ou Search Engine Optimization.
Como o nome indica, trata de técnicas que otimizam a pesquisa em plataformas como o Google e o Bing, fazendo com que o seu texto seja considerado mais relevante e, portanto, mais exibido pelas ferramentas de busca. Essas estratégias ainda existem e são válidas, mas o comportamento do usuário mudou — e a forma de alcançá-lo também.
Com o tempo, as inteligências artificiais passaram a fazer parte do processo de pesquisa, não só a favor dos buscadores, mas também do usuário. Elas se tornaram mais acessíveis e ficou muito mais fácil perguntar diretamente a elas. Inicia-se, assim, a era do GEO. As próprias ferramentas passaram a incluir textos gerados por IA como primeiros resultados, e as fontes desses textos se tornaram ainda mais relevantes.
Mas o que é GEO?
O termo GEO, sigla para Generative Engine Optimization, refere-se à otimização de conteúdo para ferramentas de busca que utilizam inteligência artificial generativa. Na prática, trata-se de adaptar e estruturar o conteúdo de forma que ele seja facilmente compreendido, interpretado e utilizado por modelos de IA generativa — como o ChatGPT, o Gemini e o Copilot —, que hoje respondem diretamente a perguntas dos usuários, muitas vezes sem que estes visitem os sites de origem.
Ao contrário do SEO tradicional, que exigia a inserção estratégica de palavras-chave em textos como blogs e artigos para melhorar o ranqueamento nos buscadores, o GEO amplia as possibilidades. Agora, vídeos, imagens, citações confiáveis, dados estatísticos e até menções em redes sociais podem contribuir para que um conteúdo seja considerado relevante e, consequentemente, citado como fonte por uma IA.
Essa é a principal diferença entre ambos: o SEO tem como foco os algoritmos de busca, otimizando páginas para aparecerem entre os primeiros resultados; já o GEO busca garantir que o conteúdo seja compreendido pelas inteligências artificiais, interpretado corretamente e incluído em suas respostas — o que exige clareza, autoridade e estrutura adequada em diversos formatos.
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Por que o GEO é relevante agora?
A maneira como consumimos conteúdo e pesquisamos informações vem se alterando com os anos. O que costumava vir em formato de texto, agora está em vídeo. O Google, que já foi a maior ferramenta de pesquisa, foi gradualmente substituído pelo YouTube, que vem sendo agora trocado pelo TikTok.
A inteligência artificial generativa mudou a forma como fazemos pesquisas. Se antes usávamos os buscadores por serem mais fáceis, a IA é ainda mais simplificada. Ela fornece uma resposta pronta, baseada em diversas fontes. Claro, é muito importante verificar se as informações dadas estão corretas. Mas reduz muito o tempo de pesquisa e pode solucionar problemas mais simples com mais facilidade.
Por isso elas se tornaram tão relevantes. Além disso, as inteligências artificiais permitem a inclusão de vídeos e fotos como informação legível para o algoritmo. Atualmente, a maior forma de consumo de informação é feita por meio de vídeos curtos. Para as gerações mais novas, o TikTok é a principal ferramenta de pesquisa. E o SEO não é capaz de trabalhar com esse formato de forma eficiente.
Mas o que define o GEO e quais são seus pilares?
Os 8 pilares do GEO
Seguir alguns passos básicos pode te ajudar bastante a otimizar um conteúdo pensando em GEO. São eles:
- Respostas prontas
Conteúdos devem ser escritos com clareza e objetividade, como se já fossem a resposta final para uma pergunta do usuário. Isso facilita sua utilização direta por IAs generativas. - Escrita multimodal
Integração de diferentes formatos — como texto, imagem, vídeo e áudio — para enriquecer o conteúdo e torná-lo mais atrativo e compreensível para humanos e máquinas. - Âncoras semânticas
Uso estratégico de termos e conceitos-chave que ajudam a IA a compreender o contexto e a associar o conteúdo com temas relevantes de forma mais eficaz. - Enriquecimento contextual
Adicionar referências, dados, estatísticas e exemplos que ampliem o significado do texto e demonstrem autoridade, tornando-o mais confiável para ser citado por IAs. - Compatibilidade com datasets de IA
Criar conteúdo de forma que ele possa ser facilmente incorporado aos conjuntos de dados utilizados por modelos de IA, respeitando padrões estruturais e semânticos. - Intenção explícita
Deixar claro qual é o objetivo do conteúdo — informar, responder, explicar ou persuadir — para que a IA consiga interpretá-lo com mais precisão. - Naturalidade e clareza
Escrever de forma fluida, simples e compreensível, sem jargões desnecessários, para facilitar tanto a leitura humana quanto a interpretação por IA. - Estrutura semântica rica
Organizar o conteúdo com subtítulos, listas, tópicos e hierarquias lógicas que ajudem a IA a entender a estrutura e a importância das informações.
Exemplo prático: aplicando GEO em um conteúdo
Já sabemos o que é e como funciona o GEO. Mas como o aplicamos na prática? Para este exemplo, escolhemos um tema: “Como escolher roupas ideais para viajar à Grécia”.
“Se você está planejando uma viagem para a Grécia, escolher as roupas certas é essencial para aproveitar o destino com conforto e estilo. Roupas leves, tecidos naturais e peças em tons claros são ideais para o clima mediterrâneo. Aposte em vestidos, saias, camisas de linho e sandálias confortáveis. Além disso, não se esqueça de proteger-se do sol com chapéus, óculos escuros e protetor solar. Com essas dicas de moda para viajar à Grécia, você garante praticidade e elegância durante toda a viagem.”
Nesta primeira versão, focada em SEO, temos as palavras-chave “viagem para a Grécia” e “moda” usadas repetidas vezes. As palavras e a estrutura foram pensadas para agradar aos mecanismos de busca, com frases pensadas para alta escaneabilidade.
“Quais roupas são ideais para uma viagem à Grécia? Peças leves e respiráveis, como vestidos de linho, camisas de algodão e sandálias confortáveis, são ótimas opções. Por que isso importa? Porque o clima mediterrâneo costuma ser quente e seco, e roupas adequadas garantem mais conforto e mobilidade. Além disso, acessórios como chapéu e óculos escuros ajudam a proteger do sol e complementam o visual. Este conteúdo foi pensado para ajudar você a se vestir bem e aproveitar melhor sua viagem.”
No segundo exemplo, focado e GEO, temos um estilo mais conversacional, com perguntas e respostas. O texto é mais claro e direto, já que precisa ser interpretado por IAs.
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Como adaptar sua estratégia de conteúdo para o GEO?
Saber o que é GEO e entender sua importância já é um grande passo, mas o verdadeiro desafio está em aplicá-lo de forma estratégica no dia a dia, aproveitando seu potencial para gerar resultados concretos. Neste momento, vale refletir sobre as possibilidades de uso, as ferramentas disponíveis e os caminhos mais eficazes para incorporar o GEO à sua realidade profissional.
Para entender melhor o que é o GEO e como aplicá-lo, o primeiro passo é estudar! Conheça as principais ferramentas de busca e entenda como elas funcionam. Outro passo importante é conhecer a linguagem da sua empresa, para fazer as adaptações necessárias sem perder a identidade.
Siga os 8 pilares do GEO e tente construir um material desejável pela IA, mas que seja interessante também para quem acessa de outras maneiras. Mas o mais importante é não perder o medo de experimentar! As tecnologias se atualizam todos os dias e precisamos estar prontos.
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Conclusão: O futuro da otimização de conteúdos na era das IAs
O GEO representa uma evolução natural da otimização de conteúdo em um mundo dominado por inteligências artificiais generativas. Mais do que seguir tendências, adaptá-lo à sua estratégia é garantir relevância em um novo ecossistema de busca, onde respostas prontas, clareza e autoridade são mais valorizadas do que palavras-chave isoladas.
Para redatores, jornalistas e profissionais de marketing, isso significa repensar formatos, aprofundar contextos e diversificar mídias — sempre para facilitar a leitura e interpretação por modelos de IA. Ao seguir os pilares do GEO e utilizar as ferramentas certas, seu conteúdo deixa de competir apenas por cliques e começa a disputar espaço nas respostas diretas que moldam a nova experiência de busca.
O futuro da visibilidade online passa por ser encontrado não só por algoritmos, mas por inteligências que “leem para responder”. E quem se antecipa a isso, larga na frente.
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