Branding setembro 21, 2020
Felicidade corporativa – o caminho para empresas e profissionais
Trabalhar feliz é o objetivo de todo profissional. Diversas empresas pregam esse discurso para suas equipes, ao oferecer um ambiente de trabalho leve e descontraído. Porém, devido à pandemia do novo coronavírus, a situação mudou.
De acordo com uma pesquisa do LinkedIn Brasil, apenas 27% dos brasileiros estão engajados no trabalho e 33 milhões sofrem com o burnout ou “Síndrome do Esgotamento Profissional”. Este cenário se torna ainda mais desafiador durante a pandemia, com o home office, os altos índices de desemprego, além de equipes enxutas, sobrecarregadas e inseguras.
Agora, mais do que nunca, as empresas precisam enxergar que o maior ativo são as suas equipes, já que funcionários felizes produzem mais, são mais criativos, leais, divulgam a companhia e ainda geram melhores resultados financeiros.
Alcançando a felicidade corporativa
Para Renata Rivetti, diretora da Recconect | Happiness at Work, a felicidade corporativa é alcançada através de diversos pontos e desafios dentro do ambiente organizacional. “É preciso ter um trabalho que nos desafie, nos motive, um ambiente positivo para despertar um senso de pertencimento à pessoa”, afirma.
Ela ainda acrescenta que felicidade corporativa vai muito além de compensações e satisfações momentâneas. “Esse sentimento tem a ver também com propósitos e valores claros e disseminados, com culturas coerentes e que impactem a sociedade de forma positiva.”
A felicidade corporativa já é bem difundida na Europa e nos EUA, de acordo com Felipe Serrano, diretor da Recconect | Happiness at Work . “As empresas estão buscando pessoas alinhadas aos seus propósitos e estas pessoas estão buscando marcas que estejam alinhadas com o que acreditam.”
A mudança de mindset das partes
A mudança de pensamento, tanto de colaboradores quanto dos líderes das marcas, é algo que vem sendo acelerado com a pandemia.
“O mundo mudou, todos nós tivemos que nos adaptar e nos reinventar. A tecnologia se tornou essencial e o mundo digital parece que veio para transformar e ficar de alguma forma. Mas são as pessoas que fazem tudo isso. E, com certeza, não queremos mais trabalhar somente pelo salário, esperando as sextas e feriados”, afirma Renata.
Ela ainda complementa a necessidade do colaborador de fazer algo em que acredita. “Queremos fazer diferença no mundo, queremos transformar sociedades, facilitar processos, queremos sentir que temos um propósito maior e uma vida de significado. E podemos construir tudo isso, criando ambientes mais saudáveis, com valores e cultura clara e coerente”.
A construção e mensuração da felicidade
Mas como construir um plano de ação e mensurar o resultado e ver se ele está surtindo efeito? De acordo com Serrano, o primeiro passo é ouvir quem já está dentro da empresa. “É necessário compreender o cenário. Ouvir as pessoas e engajar as lideranças. A felicidade corporativa vem de ciência, pesquisas e estudos. Só assim podemos começar a atuar e realmente ajudar a construir ambientes mais saudáveis, felizes e, consequentemente, mais produtivos”, afirma.
Já para mensurar os resultados, é necessário pesquisar mais profundamente, escapando do sentimento de satisfação. “Para entender a felicidade, e não a satisfação, é necessário medirmos também outros aspectos emocionais e motivacionais, que a psicologia positiva nos apresenta, através de 5 pilares: emoções positivas, engajamento, relacionamentos, significado e realização. Não adianta estarmos satisfeitos com o trabalho, mas não nos sentirmos realizados”, finaliza.