A palestra de Maria Jesús González, CEO do Instituto de Innovación Legal, se deu com a seguinte máxima: “Somos afortunados, pois temos direitos. Vivemos em um mundo de regras de convivência para que as coisas funcionem melhores”. A afirmação gerou o questionamento: como a tecnologia e o direito criarão uma convivência próspera?
“De fato, direito e tecnologia possuem personalidades e linguagens bem diferentes. O grande dilema é: tecnologias estão respeitando as normas previstas?”, indagou a executiva.
Realmente para que tudo funcione na maior pacificação, o respeitar normas será de fato o principal ingrediente para que essa harmonia exista entre o direito e a tecnologia. Digamos que há um longo percurso pela frente, mas que já está em progresso.
Vale ressaltar que o Direito como ciência jurídica já nasceu velho, pois ele veio para resolver os desafios que a sociedade já vivenciava, ou seja, de problemas já existentes. O desafio agora é olhar para frente e entender como a tecnologia será a grande aliada preditiva dessa área tão importante para uma sociedade cada vez mais justa.
“A tecnologia traz para nós advogados, que muitas vezes trabalhamos sozinhos, e de forma independente, a facilidade para agilizar frentes mais morosas e operacionais, porém elas precisam estar alinhadas às nossas necessidades. Sem isso, não adiantará de nada”, reforçou Maria Jesús.
Direito, tecnologia e legal design
Outro ponto colocado à mesa é como design thinking poderá contribuir para o direito. O conhecido legal design que vem como forma de facilitar e criar caminhos e conteúdos por meio do design e da tecnologia em algumas áreas do direito. Por meio dele, é possível transformar os ramos jurídicos e facilitar a acessibilidade de negócios jurídicos e outros institutos. Tudo isso para facilitar aos operadores do direito um melhor entendimento aos procedimentos jurídicos. Através de infográficos, gráficos e imagens podemos representar o conhecimento jurídico.
O caminho dessa integração entre direito e tecnologia é longo, mas esse encontro em plenitude não terá como escapar. Tudo será a conta gotas para garantir a premissa da ciência jurídica: garantir o direito para uma sociedade mais justa para todos.
