Em uma discussão recente, Edward Kim, CTO e Co-fundador da Gusto, compartilhou insights sobre como as empresas podem preparar sua força de trabalho para a integração da inteligência artificial (IA) sem depender exclusivamente de talentos externos. Kim explicou a abordagem da Gusto para o uso de IA no auxílio a pequenas empresas na área de compliance e destacou o assistente de IA da empresa que ajuda os clientes a navegar por exigências legais complexas. Essa ferramenta exemplifica como a IA pode simplificar tarefas que antes exigiam extensos relatórios de compliance.

Kim comentou sobre a escassez de talentos em IA e as dificuldades que empresas menores enfrentam para competir com grandes empresas de tecnologia por esses profissionais tão requisitados. Em vez de tentar oferecer salários competitivos como os das grandes empresas, a Gusto foca em capacitar seus próprios funcionários. Ele citou o exemplo de um colaborador, que passou de atendimento ao cliente para uma função importante na equipe de engenharia de IA da Gusto. A trajetória desse colaborador ilustra como o talento interno pode ser aproveitado de maneira eficaz, além de gerar engajamento de todo o time em perceber que há espaço de crescimento na organização.

Além disso, a Gusto desenvolveu uma plataforma sem código, permitindo que todos os funcionários, independentemente de formação técnica, contribuam para as funcionalidades. Ao focar na expertise dos funcionários em suas áreas e simplificar os requisitos técnicos, a Gusto permite que profissionais sem formação em engenharia criem soluções baseadas em IA. Essa abordagem democratizada possibilita que a empresa expanda continuamente, criando uma interface cada vez mais central para as operações dos clientes.,

Kim argumentou que grande parte do desenvolvimento em IA é acessível e que termos como “engenharia de prompt” muitas vezes adicionam uma complexidade desnecessária. Segundo ele, a chave para a prontidão em IA está em simplificar os processos e capacitar todos os funcionários a integrar IA em seu trabalho, uma perspectiva que desafia a noção tradicional de que a expertise em IA deve ser altamente especializada e cara.

Por meio das estratégias inovadoras da Gusto, Kim demonstra como as empresas podem aproveitar o talento interno e criar uma força de trabalho pronta para a transformação impulsionada pela IA, tornando a tecnologia acessível e valiosa em todos os níveis da organização.