Cassie Kozykrov, CEO da Data Scientific, trouxe um panorama bastante reflexivo sobre o futuro do trabalho com a presença da inteligência artificial que já faz parte da nossa vida.

De forma a contextualizar, vale destacar que os sistemas de IA analisam dados, reconhecem padrões e transformam os mesmos em resultados. Eles podem imitar nosso comportamento e propor novas combinações, nos induzindo inclusive a acreditar que algo novo aconteceu, porém eles não podem automatizar, por exemplo:

• Tomada de decisão (ato exclusivamente humano).
• Interação Social (como espécie social e que nos importamos).
• Arte (ato humano que parte de uma grande ideia e inspiração).

“A pergunta que sempre vem: então a IA não pode ser criativa? Até pode, mas pode falhar em muitos pontos. E quem somente pode ajudar a IA a ser criativa é o ser humano”, destacou Kozykrov.

Outro ponto apresentado pela executiva é que a IA pode automatizar tarefas de cálculos, mas ela não pensará por nós. “Thunking é o termo que uso para descrever tarefas repetitivas, previsíveis e que não exigem um alto nível de envolvimento cognitivo, criatividade ou pensamento crítico. Essas são as tarefas que você pode realizar quase no piloto automático, depois de descobrir o que precisa ser feito. Temos uma oportunidade sem precedentes de aproveitar a IA como ferramenta para liberar mais tempo para as tarefas de reflexão que impulsionam a inovação e o progresso. Então, qual é o medo em relação a IA tirar o nosso trabalho?”, questionou.

“A IA é uma matéria prima para ser construída por cima. Temos uma oportunidade diferente do que tínhamos no passado. Vem para acelerar tudo que é atividade operacional e que não depende do intelecto. Importante reforçar: nenhuma tecnologia é perfeita, sendo necessário ir além”.

“A inteligência artificial vem para contribuir em nosso dia a dia e não para tirar nossos empregos. Essa nova era que vivemos mostra o quanto a colaboração e a confiança andarão cada vez mais juntas. Ainda há muitas perguntas sem respostas, e para isso, precisaremos de máquinas e seres humanos trabalhando cada vez mais unidos para trazer novas respostas. O futuro é promissor”, finaliza.