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Web Summit Rio 2025 abril 28, 2025

A bossa da nova Era da Inteligência Artificial: a Cocriação

Tatiana Franco

Escrito por Tatiana Franco

Tempo de leitura 4 min

A bossa da nova Era da Inteligência Artificial:  a Cocriação

Cocriação é a palavra da vez, que se repete em diversos discursos neste Web Summit 2025.

De fato, experienciamos um momento interessante: a inteligência artificial (IA) deixa de ser uma exclusividade do setor de TI ou das áreas de negócios e passa a fazer parte essencial de todas as frentes de atuação nas empresas. Cada área agora tem a oportunidade — e a responsabilidade — de interagir com a IA para criar modelos próprios, capazes de gerar e extrair informações valiosas para impulsionar o crescimento e a inovação.

Segundo Márcio Aguiar, Director Executivo da NVIDIA, setores como mercado financeiro, internet de consumo, transporte, manufatura, varejo (com forte atuação da própria NVIDIA), petróleo e gás, e telecomunicações já são sendo profundamente transformados pelo uso inteligente de dados e machine learning. E, mais do que nunca, a tecnologia está ao alcance de todos: grandes e pequenas organizações que estejam dispostas a se reinventar encontram hoje o suporte necessário para inovar.

Cocriação e autenticidade: novos pilares das marcas

Com as transformações tecnológicas, também se transforma a maneira como marcas e consumidores se relacionam. Carol Baracat (Global Head of Integrated Marketing do TikTok) e Monica Gadsby (CEO para América Latina do Publicis Groupe) reforçam que as palavras-chave da nova era são co-criação, autenticidade, confiança, alinhamento de valores e curadoria. As experiências de marca estão sendo ressignificadas: o público busca genuinidade, voz ativa e conexão emocional.

Prova disso é o retorno maior em investimento quando o assunto é microenfluenciafores em relação as macroinfluenciadores.

E a cantora Ivete Sangalo, reafirma isso com sua trajetória de 30 anos de carreira e presença digital nesta jornada. Veveta, como é conhecida pelos fãs, compartilhou sua visão sobre criar conteúdo nas redes sociais. Para ela, é essencial que a comunicação agregue algo verdadeiro para o público.

 “Preciso estar feliz e engajada ali. Não tenho uma equipe tão grande por trás. E eu não vivo um personagem. Sou criativa, mas dentro do meu universo”, contou.

Sua abordagem reforça o valor da autenticidade para manter o engajamento genuíno nas plataformas digitais.

Inteligência artificial no ritmo da criatividade artística

Como se nota, o impacto da IA não se limita ao mercado corporativo: molda a criação artística. Em uma conversa sobre startups e inovação, discutiu-se como a IA vem influenciando o setor da música. Aloe Blacc, músico indicado ao Grammy, acredita que em cinco anos ainda teremos artistas humanos criando música, mas com uma adoção ainda maior da IA — inclusive com o surgimento de artistas virtuais, como já acontece no Japão.

Ele ressalta que, em mercados onde avatares já se apresentam para milhares de pessoas, a presença humana no palco pode se tornar menos essencial, dependendo da aceitação cultural e dos modelos de negócio. Aloe também observa que gravadoras podem futuramente preferir artistas gerados por IA se isso for mais lucrativo.

O artista acredita que a criatividade humana ainda é insubstituível: ao tentar criar uma música como “Wake Me Up” com ferramentas de IA, percebeu que, embora os sistemas fossem avançados, ainda faltava nuance e emoção nas letras. A bossa para fechar a obra.

 

Parcerias: humanos e máquinas em bom tom

A nova era da inteligência artificial é, acima de tudo, uma era de colaboração: não apenas entre setores, marcas e consumidores, mas, humanos e máquinas. A tecnologia impulsiona a inovação, mas são os valores humanos — criatividade, autenticidade, confiança — que continuarão definindo o que realmente importa.

Organizações, criadores de conteúdo, artistas e mercado de um ponto de vista amplo, estão descobrindo que, ao combinar o poder da IA com a força da expressão humana, podem construir um futuro mais conectado, inclusivo e criativo.